Com alta nos investimentos, Brasil vira terreno fértil para o desenvolvimento de startups

Fernando Patara, cofundador da 2Simple

Com aproximadamente 13 mil empresas iniciantes, o país registrou a soma de US$ 622 milhões em aportes entre janeiro e julho de 2021

O mercado de startups não para de crescer no Brasil. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Startups, o país tem hoje aproximadamente 13 mil empresas do tipo, o que representa um aumento de 207% desde 2015. Além disso, dados da plataforma Distrito mostram que de janeiro a julho de 2021 os investimentos já movimentaram US$ 622 milhões, com 22 aportes. O cenário de adversidade causado pela pandemia proporcionou oportunidades de trabalho e deficiências de mercado a serem exploradas.

De acordo com Fernando Patara, cofundador da 2Simple, os países emergentes apresentam diversas problemáticas que abrem portas para soluções tecnológicas. “Uma ideia bem estruturada pode se transformar em um negócio de sucesso, em especial quando resolve um problema real, ou traz uma disrupção”, explica.

No último ano, a 2Simple auxiliou na captação de mais 10 milhões em investimentos em startups, o que mostra que esse tipo de empresa está em crescimento e chamando a atenção de investidores. Parte disso se origina da nova geração, que já vem mostrando um espírito realizador. Como consequência, essa cultura vem se fortalecendo no país. Diversos são os fatores que permitem esse cenário, como a facilidade de conectividade e os avanços da tecnologia.

“Hoje, o mercado brasileiro se tornou a cara das startups, e a tendência é que essas empresas cresçam cada vez mais, gerando mais investimentos no país, e mexendo com todo o ecossistema, já que também ajudam a gerar empregos. E vale dizer que essas oportunidades não são apenas na área de tecnologia, apesar de ela representar a maioria das vagas. As startups atuam em diversos segmentos e ajudam a movimentar muitos mercados”, pontua o executivo.

Patara reforça ainda a importância de uma rede de apoio especializada para que essas empresas consigam sobreviver de forma sustentável. Um levantamento do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC) apontou que cerca de 25% das startups fecham em menos de um ano.

“Para que um negócio consiga se desenvolver, é preciso muito mais do que apenas uma boa ideia. Pensar em todo o ciclo e estratégia requer um conhecimento que, muitas vezes, um parceiro de confiança pode trazer com mais expertise”, finaliza ele.

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