Cames e CAARJ fecham parceria para facilitar portabilidade de processos judiciários para mediação e arbitragem

Marcos Couto, sócio da Cames no Rio de Janeiro

Convênio entre as organizações permite que advogados do Rio de Janeiro possam resolver conflitos de seus clientes com agilidade durante pandemia, fazendo uso de tecnologia

De acordo com projeções feitas pelo Conselho Nacional de Justiça, o número de processos que tramitam no Judiciário brasileiro pode alcançar a marca de 114,5 milhões em 2020. Desde que a pandemia se espalhou pelo país, a área enfrentou problemas de paralisação e dificuldades pela falta de digitalização dos processos. Para agilizar os trabalhos, a Cames (Câmara de Mediação e Arbitragem Especializada), empresa criada para solucionar conflitos jurídicos por meio de um sistema próprio de processo eletrônico, fechou parceria com a Caixa de Assistência da Advocacia do Estado do Rio de Janeiro (CAARJ).

O convênio colabora para que a resolução de litígios das empresas e pessoas físicas seja mais rápida, com menor custo, de maneira sigilosa e sem recursos, com total validade após a retomada dos processos no Judiciário. Para conseguir esse feito, a parceria também oferece a “portabilidade” de ações em andamento na Justiça comum para mediação e arbitragem durante a pandemia, uma solução que poucos conhecem. O objetivo é possibilitar que advogados consigam solucionar conflitos neste período difícil de crise.

“Conseguimos oferecer aos advogados do Rio de Janeiro, por meio da CAARJ, a oportunidade de trabalharem como mediadores ou árbitros da Cames na medida em que eles tragam seus conflitos para serem solucionados conosco. Assim eles continuam recebendo os seus honorários, independentemente do funcionamento do Judiciário nesse momento de pandemia, e garantem a sua renda. Isso, claro, sem esquecer do lado do cliente, que terá seu problema resolvido de maneira mais ágil e até mais em conta. E ainda colaboramos para diminuir a demanda no Judiciário”, ressalta Marcos Couto, sócio da Cames no Rio de Janeiro.

O especialista afirma que a novidade abre espaço para que cada vez mais pessoas conheçam as soluções de mediação e arbitragem, um método que ainda não é tão difundido na sociedade por estarmos imersos na cultura do processo judicial. O advogado que migrar seus processos para a Cames, assegura ele, terá todos os recursos da Câmara, como a mediação online.

“Com a rapidez, a seriedade e a garantia de decisão por parte de técnicos especializados, os profissionais podem ver na Cames uma nova frente de trabalho, que considera a arbitragem não apenas uma atividade disponível para solucionar causas de grande porte, mas que contempla também vários tipos de litígio e patamares de valores envolvidos”, acrescenta Couto.

A Cames, lembra o sócio, nasceu para solucionar conflitos entre pessoas físicas e jurídicas, acompanhadas por advogados, de forma mais efetiva e criando possibilidades para que as relações sejam restabelecidas. Por meio de serviços como a mediação – na qual um terceiro membro neutro e imparcial facilita a comunicação entre os envolvidos – e arbitragem – onde os envolvidos transferem a solução do caso para um profissional especializado, a Câmara possui unidades organizadas e estruturadas, que seguem o mesmo padrão de instalação e funcionamento, e 300 profissionais qualificados para conflitos do Direito Empresarial, Administrativo, Civil, Trabalhista, entre outros ramos.

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