Vinícius Bicalho, CEO da Bicalho Consultoria Legal
Profissionais da Bicalho Consultoria Legal e da Bonuz avaliam a importância das ferramentas tecnológicas para manterem suas atividades durante a pandemia
Com a explosão do coronavírus no país, a quarentena e o isolamento social são medidas necessárias impostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visando a diminuição do contágio da doença. As empresas, por sua vez, estão tendo que se adaptar ao novo cenário e trabalhar de forma remota, com a ausência do contato presencial dos funcionários. Como será, então, que os escritórios de advocacia estão
atuando nessa época de crise?
De acordo com Vinícius Bicalho, advogado e mestre em Direito no Brasil e nos Estados Unidos e CEO da Bicalho Consultoria Legal – empresa especializada em migração e internacionalização de negócios -, a saída tem sido apostar em tecnologias da informação e softwares de gestão para que a equipe continue executando as atividades.
“No escritório nós já usávamos ferramentas que permitiam que todo o time, em qualquer lugar que estivesse, editasse documentos de clientes ao mesmo tempo, inclusive de países diferentes. A sensação que tenho é que somente nos períodos de crise nos damos conta do quanto as tecnologias jogam ao nosso favor”, assinala ele.
“Eu sempre investi em plataformas com dados em nuvem, mas nunca tinha parado para observar com atenção a real importância disso, principalmente porque no dia a dia agimos quase que no automático”, completa Bicalho.
Os advogados se reinventam
Já para Arthur Braga Nascimento, CEO da Bonuz – escritório de advocacia especializado em empresas em fase inicial e startups – as mudanças não foram somente no trabalho diário. Ele afirma serem notáveis as alterações emergenciais impostas em diversos setores do setor jurídico, principalmente quando se trata de ações que precisam ser presenciais, fazendo com que os profissionais do Direito se reinventem neste período.
“Com a chegada da Covid-19, nosso papel é entender de prontidão quais são as novas leis impostas nesse momento para a sociedade, principalmente para auxiliarmos os clientes a evitarem perdas, reavaliando seus prazos de contratos e renegociando entregas, caso seja necessário”, observa ele.
Porém, fazer tudo isso à distância, pondera Braga, exige que os profissionais jurídicos tenham que se adequar a ferramentas que possam ser utilizadas a seu favor, permitindo que eles sigam atuando, mesmo que remotamente, com seus clientes.
“Muita coisa mudou. Um exemplo disso foram as leis trabalhistas, que passaram por diversas reformulações. Por isso, é importante entendermos que nossa hora é agora e precisamos estar do lado de quem precisa de nosso serviço para continuarmos instruindo a todos sobre seus direitos e deveres, neste momento delicado”, finaliza.