Análise comparativa de 2021 e 2024 indica que a Corte tem se modernizado e conseguido responder com maior celeridade e qualidade às demandas judiciais e administrativas. Houve avanços em áreas como gestão de pessoas, tecnologia e segurança da informação, sustentabilidade e controle interno.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) obteve avanços expressivos em seus principais indicadores de desempenho, segundo o mais recente relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), apresentado em 2024. Os dados revelam que o Tribunal vem adotando medidas estratégicas para aprimorar a eficiência da governança e da gestão pública, a otimização dos recursos e a transparência.
O levantamento do TCU, com foco nas organizações públicas, analisou diversos aspectos da atuação do TST e destacou os impactos positivos das políticas de governança, de gestão de pessoas, de tecnologia e segurança da informação, de gestão das contratações e dos orçamentos, de sustentabilidade e de aprimoramento dos mecanismos de controle interno.
A análise comparativa entre períodos avaliados, de 2021 e 2024, indica que a Corte tem se modernizado e conseguido responder com maior celeridade e qualidade às demandas judiciais e administrativas.
Evolução nos indicadores
Ponto de destaque no relatório do TCU foi a evolução da transparência e da governança no TST. No Índice de Governança Pública (iGovPub), que avalia a capacidade de liderança, estratégia e controle, o TST passou de 68,2%, em 2021, para 81,3%, em 2024.
A Corte ampliou aspectos de prestação de contas e aprimorou seus mecanismos de controle interno, fortalecendo a confiança da sociedade na Justiça do Trabalho. O avanço nos indicadores de transparência é resultado da ampliação da divulgação de dados institucionais e da adoção de novos canais de comunicação com o público.
O TST passou a disponibilizar relatórios mais detalhados sobre sua atuação, além de aprimorar suas plataformas digitais para facilitar o acesso às informações processuais.
Otimização de recursos e gestão orçamentária
O relatório do TCU também apontou avanços na gestão financeira, evidenciando um melhor aproveitamento dos recursos públicos. O Tribunal tem adotado medidas de racionalização de despesas, priorizando investimentos estratégicos que garantam maior eficiência e menor custo operacional. O Índice de Governança e Gestão Orçamentária (iGovOrcament) passou de 19,8% em 2021 para 85,7% no último levantamento.
A digitalização e a automação de processos administrativos reduziram significativamente o consumo de papel e insumos, gerando economia nos gastos de infraestrutura. Além disso, a otimização da força de trabalho e a reestruturação de setores internos permitiram um melhor aproveitamento do quadro de servidores, evitando desperdícios e melhorando a alocação de profissionais conforme as necessidades da Corte.
O destaque obtido pelo TST, segundo a avaliação feita, deve-se principalmente à sua capacidade de aperfeiçoar a gestão de pessoas, de tecnologia da informação e de contratos.
Gestão de pessoas
No Índice de Governança e Gestão de Pessoas (iGovPessoas), o Tribunal atingiu 92,4% em 2024, contra 67% em 2021, revelando uma gestão de pessoas eficiente e alinhada aos objetivos estratégicos.
Já o Índice de Governança e Gestão de Tecnologia da Informação e de Segurança da Informação (iGovTI) passou de 73,3% em 2021 para 78% em 2024, refletindo o uso estratégico e seguro dos recursos de tecnologia.
O Índice de Governança e Gestão de Contratações (iGovContratações), por sua vez, passou de 77,1% em 2021 para 93,4% em 2024.
O levantamento do TCU também constatou que o TST está atento à questão da sustentabilidade, tendo obtido resultados positivos tanto na área ambiental quanto na social, alcançando os índices de 85,7% e 58,7%, respectivamente.
As melhorias registradas refletem, conforme o Tribunal Superior do Trabalho, um esforço contínuo de modernização e otimização da gestão, garantindo uma atuação mais célere e eficaz. Com a consolidação dessas práticas, a Corte afirma que busca reforçar seu compromisso com a inovação e a prestação jurisdicional de qualidade, garantindo que a Justiça do Trabalho continue a desempenhar seu papel fundamental na solução de conflitos decorrentes das relações de trabalho no Brasil.