Soluções de inteligência fiscal mostram como a TI tem contribuído para a área tributária ganhar agilidade, confiança e eficiência em seus processos, valorizando os dados na conquista de resultados sólidos perante auditorias e nas entregas de obrigações fiscais
Renato Vieira (*)
Cada vez mais, a área tributária se desenvolve rumo à simplificação de processos, vencendo desafios antigos que prolongavam a complexidade e a densidade operacional do setor. Em meio às inovações que a área adota, o armazenamento e o tratamento de dados vêm ganhando destaque, fascinando muitas empresas que negligenciam indiretamente esses ativos. Isso inclui a procura por soluções que diminuam os riscos de invasão de dados e colaborem para a eficiência e conformidade fiscal.
Para termos ideia de como os dados são uma estrutura sustentadora dentro de empresas, um estudo de dezembro de 2023, feito pela TIC Provedores, informou que 40% das empresas brasileiras possuem um setor exclusivo na organização dedicado à proteção de dados.
Isso devido ao fato de que, à medida que a tecnologia expande seus horizontes e aprimora suas funções, ela possibilita que a exatidão dos dados e as ferramentas de análise gerencial criem uma infraestrutura de sistemas mais integrada e segura, sem riscos que afetem a saúde das informações vitais de uma empresa.
Nesse sentido, a gestão de dados torna-se mais um escopo básico e fundamental para a desenvoltura do mundo corporativo, especialmente em quesitos que impactam a conformidade e, no caso da área tributária, afetam análises, entregas, decisões e confiabilidade fiscal.
Afinal, por que os dados são importantes para a área tributária?
Dentro das análises tributárias, a precisão de informações é crucial para a continuidade correta do fluxo de cálculos e entregas ou registros. Quando os dados estão soltos, ou seja, desorganizados, inseguros e vulneráveis ao descontrole de informações, a conformidade é colocada em risco na mesma proporção.
Analisando de perto, dados inexatos são um sintoma da carência tecnológica, e afetam desde as decisões da área até a eficiência de políticas tributárias, sendo que ambas precisam de evidências sólidas para identificar oportunidades e atingir seus objetivos econômicos.
Em adição, podemos pensar em como os enredos legislativos brasileiros que compõem as regras fiscais são um desafio para o cumprimento de prazos e apuração de informações. Essa complexidade torna a missão de organizar e interpretar dados fiscais mais difícil, tendo como principal problema o acesso às informações. A disponibilidade de dados é uma dor da área tributária que interfere no desempenho operacional e na transparência financeira, sem informações claras sobre o uso e proteção do contexto fiscal.
Já que estamos falando da era digital e sabemos que o setor fiscal tem um grande volume de registros e dados tributários, o investimento em soluções tecnológicas que favoreçam o conteúdo dos dados é importantíssimo. Para ter um bom desempenho nesse quesito, a mobilidade das informações é necessária, bem como sua visibilidade. Conseguir controlar, extrair relatórios e visualizar dashboards são práticas que devem se tornar rotineiras na gestão fiscal.
Vamos falar de inteligência fiscal para integração de dados?
Capacidade de armazenamento de informações de transações financeiras, controle dos dados e monitoramento das movimentações são algumas das melhorias que a inteligência fiscal agrega para integração de dados. No setor fiscal e tributário, a gerência de impostos deve ser eficiente e transparente.
Curando as feridas deixadas pelos altos níveis de burocracia, inovações tributárias baseiam-se em artifícios tecnológicos para relacionar as demandas com agilidade, simplificando as trocas de dados, contribuindo para a análise, o planejamento e a gestão tributária.
Para contribuintes, adotar a tecnologia fiscal pode ser proveitoso, especialmente para a assertividade no gerenciamento de informações, favorecendo a exatidão dos dados que irão compor os cálculos, os documentos e as declarações obrigatórias.
Com isso, é possível reduzir fraudes e riscos de penalidades ou litígios desencadeados pela inconformidade, um cenário que é causado, principalmente, pela desorganização e falta de expertise na administração das informações fiscais. Contar com instrumentos tecnológicos que conferem usabilidade prática para análise e validação de dados tributários é um primeiro passo para tornar a área mais simples.
É nítido, portanto, que soluções de inteligência fiscal são exemplos de como o universo de TI tem contribuído para a área tributária ganhar agilidade, confiança e eficiência em seus processos, valorizando os dados como grandes parceiros para conquistar resultados sólidos perante auditorias e entregas de obrigações fiscais.
Melhorar a conformidade fiscal não é mais uma realidade distante quando se tem conhecimento tecnológico. Basta estar disposto a adotar inovações e se maravilhar com a exatidão e a performance dos dados tributários.
(*) Sales Manager da Systax