Legaltechs democratizam o acesso ao Direito e modernizam o setor jurídico

Nícolas Fabeni, advogado e CEO da StartLaw

Soluções automatizadas e baseadas em Inteligência Artificial tornam os serviços jurídicos mais acessíveis e eficientes, permitindo às PMEs e às startups acelerarem seus negócios de forma prática

Por meio de plataformas integradas com uso de tecnologias emergentes, como automação baseada em Inteligência Artificial (IA), as startups vêm modernizando processos e simplificando o uso do Direito tanto para advogados quanto para empresas e indivíduos, tornando os serviços jurídicos mais acessíveis e eficientes e democratizando o acesso às ferramentas de inteligência, algo que antes era restrito a grandes corporações.

De acordo com a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), o número de startups no segmento jurídico no Brasil este ano aumentou 50% em relação a 2019, refletindo o crescente interesse em soluções tecnológicas desenhadas para o setor no pós-pandemia. A automação de documentos jurídicos, por exemplo, já economizou mais de R$ 20 milhões em horas trabalhadas apenas no ano de 2023, conforme dados da AB2L.

Segundo Nícolas Fabeni, advogado e CEO da StartLaw, lawtech curitibana especializada em inteligência jurídica, essa transformação é essencial para o futuro do Direito corporativo. “Estamos trabalhando para que pequenas e médias empresas tenham o mesmo nível de suporte jurídico que as grandes, mas de forma ainda mais eficiente e inteligente. Isso representa uma verdadeira revolução no setor”, explica.

Novo padrão de eficiência

Uma das grandes inovações trazidas pelas lawtechs e legaltechs é a automação e simplificação de processos. Soluções como as da StartLaw, liderada por Fabeni, oferecem serviços que vão desde a criação automática de contratos até segurança da informação jurídica e organização de dados na nuvem.

“Ao integrar a automação de documentos com inteligência jurídica, estamos dando às startups e PMEs o controle total sobre seus processos legais. Elas conseguem enfrentar desafios jurídicos e obstáculos regulatórios, prevendo cenários, ajustando estratégias e economizando tempo e recursos”, detalha o advogado especialista.

O uso da inteligência jurídica é outra inovação que vem modernizando a área. Segundo Fabeni, com a ajuda de algoritmos e análise de grandes volumes de dados, as legaltechs conseguem prever o resultado de processos judiciais com base em decisões anteriores, um avanço que está mudando a maneira como advogados e empresas lidam com litígios.

“Garantir que documentos estejam em conformidade com as normas é um processo complexo, mas a IA facilita essa tarefa, permitindo atualizações rápidas e prevenindo erros que poderiam resultar em complicações jurídicas”, pontua.

IA generativa para PMEs

A plataforma da lawtech de Curitiba disponibiliza aos clientes uma série de minutas do dia a dia da empresa, robôs de monitoramento de marca e publicações dos tribunais, bem como outras demandas recorrentes, como a integração de APIs de serviços jurídicos em sistemas internos.

Agora, no auge da Inteligência Artificial, a StartLaw conseguiu evoluir e desenvolver sua própria ferramenta de IA Generativa. “Fizemos um estudo interno identificando as principais demandas dos empreendedores, anonimizamos isso e criamos uma plataforma específica para que todos possam tirar dúvidas acerca de conceitos legais, oferecendo orientações personalizadas e focadas na jornada das PMEs brasileiras”, detalha Fabeni.

Eliminação de barreiras

Um dos principais impactos das legaltechs no Brasil é a democratização do acesso aos serviços jurídicos. Plataformas como a StartLaw eliminam barreiras ao oferecer soluções a valores acessíveis e com uma interface intuitiva.

“O nosso objetivo é descomplicar o Direito, tornando-o acessível para todos, independentemente do porte da empresa. Queremos que as startups e pequenas empresas tenham condições de crescer sem se preocupar com surpresas legais”, salienta Fabeni.

Para startups, o acesso a soluções jurídicas rápidas e eficientes pode ser um diferencial. As plataformas não apenas simplificam processos, mas também proporcionam uma vantagem competitiva, oferecendo soluções que aceleram o crescimento.

A lawtech curitibana, por exemplo, já ajudou mais de 700 empresas ao longo de cinco anos a se protegerem legalmente, mostrando como o setor jurídico pode evoluir para atender às novas demandas do mercado tecnológico.

“A StartLaw permite que decisões informadas sejam tomadas com mais rapidez, possibilitando às PMEs terem acesso 24h às suas principais informações e documentações, com toda a história do negócio, garantindo que o foco seja em seu desenvolvimento”, conclui o CEO.

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