Victor Cabral Fonseca, especialista em Inovação – Think Future da TozziniFreire Advogados
Ao unir tecnologia, Direito e design, com o auxílio de recursos como o Design Thinking e as metodologias ágeis, o conceito coloca o ser humano no centro das atenções
Um diálogo interdisciplinar com advogados, estatísticos e designers para promover soluções coletivas de inovação social. Este é um dos princípios do Legal Design, tema de painel realizado na tarde desta terça (dia 13), no primeiro dia da Fenalaw 4.0 Xperience – Transformando o Setor Jurídico através do Digital, que vai transcorrer até a quinta-feira, dia 15.
“Com esta conceito, consolidamos a ideia de que o Direito é uma ferramenta social que deve estar próxima e não distante das pessoas”, afirma Marina Feferbaum, professora e coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação da FGV – Faculdade Getúlio Vargas.
Ao unir tecnologia, Direito e design, com o auxílio de recursos como o Design Thinking e as metodologias ágeis, o conceito coloca o ser humano no centro das atenções. “O cliente tem que ser o norte para todas as ações do escritório. O Legal Design permite planejar o atendimento e como o serviço será prestado, de forma que o advogado se coloca no lugar do cliente. Pensa o passo a passo do que é essencial para ele”, destaca Victor Cabral Fonseca, especialista em Inovação – Think Future da TozziniFreire Advogados.
Na opinião de Marina, para ser eficiente, é fundamental que o escritório tenha uma equipe multidisciplinar que entenda as dores do cliente. “Um exemplo são as políticas de proteção de dados, que precisam ser visíveis e compreensíveis. O Legal Design é o caminho para oferecer uma ferramenta que favoreça o entendimento e o acesso à Justiça”, ressalta.
De seu lado, Victor Fonseca reforça: “É importante que esta mudança de paradigma comece nas faculdades de Direito, para que os novos profissionais possam expandir o conceito”.
Startups podem ser grandes parceiras dos escritórios jurídicos
Outro painel da primeira tarde da Fenalaw 4.0 Xperience abordou “What’s the tea? O Universo das Startups e o que a Área Jurídica Deve Esperar dessas Sociedades Emergentes”.
“Precisamos buscar informações e entender as necessidades do cliente. Para isso, as startups são aliadas na melhoria da experiência. O advogado não precisa ter receio da realidade 4.0”, destaca Gisele Karassawa, head da Startup OBA, da Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof Advogados Associados.
Marcella Costa, coordenadora da OBA, frisa que as inovações trazidas pelas startups vão auxiliar em atividades que liberem o profissional para atuar com inteligência e estratégia jurídica: “A tecnologia tem ajudado na tomada de decisões com base em dados. Já há muitas plataformas que atuam com gestão de documentos, conflitos online, jurimetria, redes de profissionais, entre outras. A área das legaltechs está aquecida. As tecnologias são aliadas, parceiras”.