Emerson Melo, sócio de forense da KPMG
Segurança cibernética e tecnologia forense são itens importantes para que as empresas sigam protegidas durante e após a crise, com a nova realidade de trabalho remoto e o crescimento exponencial de transações digitais
A KPMG acaba de produzir o guia “Covid-19 fraudes e golpes: Como se proteger?”, que aponta soluções voltadas ao direcionamento de ações de compliance, gestão de crise e de riscos, segurança cibernética e tecnologia forense, áreas nas quais as empresas precisam defender-se. Dentre as ações, cabe uma adaptação nas rotinas das normas atreladas ao novo cenário. Também é preciso garantir que as interações com órgãos governamentais e concorrentes estejam adequadamente registradas e controladas.
“Anteriormente, o compliance já era um item extremamente relevante para as empresas. Com a pandemia, os riscos cresceram e há necessidade imediata de adaptações das normas implementadas. A parte analítica desse processo é fundamental, pois para aprofundamento das questões regulatórias e de compliance é necessário entender o que está se passando no dia a dia da organização e quais medidas devem ser tomadas para mitigar os riscos emergentes e exposições adversas”, explica o sócio de Forense da KPMG, Emerson Melo.
O relatório também mostra que a segurança cibernética e tecnologia forense são itens importantes para que as empresas sigam protegidas durante pandemia e após esse período, com a nova realidade de trabalho remoto e crescimento exponencial de transações digitais. Para isso, é necessário ter o controle e proteção do acesso remoto, com monitoramento do desempenho de servidores e redes e atualização constante dos softwares anti-malware, anti-ransomware e antivírus. Outra ação importante está relacionada à gestão de risco, como dar atenção a incidentes gerais, pois podem indicar um problema maior, além disso, e essencial ter um plano de resposta a incidentes desta natureza nesta nova realidade.
Potenciais fraudes
A análise feita pela KPMG também aponta algumas das potenciais fraudes relacionadas à covid-19, que incluem as tecnológicas, com destaque para sites fraudulentos, comprometimento do e-mail corporativo e ataques de ransoware. O relatório indica que outro iminente risco está associado a golpes comerciais e contratuais, com ênfase nos serviços de educação on-line e provedores de assistência médica entre outras transações digitais. Outro dolo indicado no guia é o tema de doações e desvios de conduta.
“A pandemia enfatizou o quanto as empresas estão expostas a ataques cibernéticos, por meio de fraudes por e-mail e sites. Além disso, ampliaram-se as oportunidades de o crime organizado orquestrar golpes. Por isso, é muito importante ter proteção e dar atenção a tudo o que possa gerar possíveis problemas na organização”, finaliza o sócio da KPMG.