Paulo Gomes, Diretor Geral do Instituto de Auditoria Interna do Brasil (IIA Brasil)
Tecnologias emergentes estão transformando a auditoria interna, trazendo mais eficiência, precisão e proatividade às análises, antecipando riscos e criando um ambiente corporativo mais seguro
Nos últimos anos, vêm aumentando os debates sobre como a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Learning estão transformando profundamente os processos de auditoria interna. Essas tecnologias permitem a automação de tarefas repetitivas e a análise de grandes volumes de dados com uma velocidade e precisão muito superiores às técnicas tradicionais. Além de apoiar a detecção de fraudes, a IA ajuda os auditores a identificar padrões e anomalias de forma mais rápida.
“Hoje, a Inteligência Artificial não é somente uma ferramenta auxiliar, mas sim uma parte fundamental da auditoria interna moderna. Esta tecnologia permite que os auditores se concentrem em questões mais estratégicas, enquanto o algoritmo cuida da análise”, afirma Paulo Gomes, Diretor Geral do Instituto de Auditoria Interna do Brasil (IIA Brasil).
A utilização de Machine Learning possibilita que os sistemas aprendam e evoluam conforme novos dados são incorporados. Isso resulta em auditorias mais precisas, com uma capacidade de prever riscos e até mesmo recomendar ações corretivas antes que problemas maiores ocorram. “A auditoria interna está deixando de ser reativa para se tornar proativa, antecipando riscos e criando um ambiente corporativo mais seguro”, completa o Diretor Geral do IIA Brasil.
Apoio às decisões de negócio
Essas inovações têm impacto direto na eficiência dos processos, reduzindo o tempo gasto com tarefas manuais e aumentando a produtividade das equipes. À medida que as empresas se adaptam a essas novas tecnologias, a auditoria interna se torna mais estratégica, com maior capacidade de apoiar decisões de negócios assertivas e fundamentadas em dados concretos.
No entanto, a adoção dessas soluções exige cautela. A IA e o Machine Learning são aliados poderosos, mas dependem de dados de qualidade e precisam ser bem configurados para evitar erros. “O uso incorreto dessas ferramentas pode levar a conclusões erradas, o que reforça a necessidade de auditores altamente capacitados para monitorar e validar os resultados produzidos pelos algoritmos”, alerta Paulo.
A transformação digital, conclui o Diretor Geral, exige que os profissionais de auditoria estejam em constante aprendizado para garantir que a tecnologia seja usada de forma eficiente e ética, sem comprometer a integridade dos processos.