Dalila Pinheiro, DPO e Legal Analyst do Escavador
Plataforma da legaltech Escavador tem mais de 22 mil monitoramentos ativos de processos penais, centralizando dados públicos do Judiciário e oferecendo informações em tempo real e de forma acessível
Com mais de 852 mil pessoas privadas de liberdade no Brasil, os familiares de pessoas presas enfrentam inúmeros desafios para acompanhar os processos judiciais e acessar informações confiáveis. Mães, em especial, lideram essa busca por caminhos que lhes permitam entender melhor os desdobramentos legais que envolvem seus entes queridos.
Nesse cenário, a legaltech Escavador tem se destacado como uma plataforma que centraliza dados públicos do Judiciário e oferece ferramentas que tornam mais simples e acessível a consulta e a compreensão de processos judiciais. A ideia é democratizar o acesso à informação jurídica, tornando o processo menos opaco e mais humano para quem está do lado de fora tentando entender o sistema.
Entre 2020 e abril de 2025, o Escavador registrou 17.887.910 de processos penais em sua base de dados. Os Estados com maior volume nesse período foram São Paulo (3.587.203), Minas Gerais (3.200.129) e Rio de Janeiro (1.250.878). Atualmente, a plataforma mantém cerca de 22 mil monitoramentos ativos na área penal.
Com recursos que incluem a consulta a decisões judiciais, diários oficiais e jurisprudência, a empresa também conta com o EscavAI — um assistente virtual baseado em Inteligência Artificial. Ele responde dúvidas sobre os processos, explica termos jurídicos e ajuda a interpretar movimentações processuais, tornando o acesso à informação mais simples e acessível, especialmente para quem não tem formação jurídica.
“Nosso objetivo é mostrar que o acesso à informação jurídica é um direito que, quando garantido, pode ser uma ponte para a dignidade, para a compreensão e para a luta por justiça. Muitas vezes, familiares de pessoas presas se sentem completamente perdidos diante da linguagem jurídica e da lentidão do sistema”, explica Dalila Pinheiro, DPO e Legal Analyst do Escavador.
“Quando criamos ferramentas como o EscavAI, pensamos nessas pessoas que estão do lado de fora tentando entender o que acontece com quem está do lado de dentro. Queremos empoderar essas famílias com informação acessível, segura e confiável”, completa ela.