Carolina Utida, CEO da CertiGov
Um pente fino nos processos pode detectar pequenas falhas, fáceis de serem corrigidas, na visão da CertiGov, única certificadora voltada para empresas que vendem ao governo
Empresas idôneas, com códigos de integridade e profissionais comprometidos com as regras de compliance não estão isentas de cometerem algum tipo de falha em seus processos. Para ajudar neste processo, a certificadora CertiGov elaborou cinco dicas para ajudar a identificar os problemas e como corrigi-los.
- Evite copiar programas e sistemas de integridade de outras empresas e/ou usar modelos prontos – conteúdos publicados podem servir como base, mas é preciso adaptar esses documentos para a realidade da empresa. Além disso, é necessário que as diretrizes estejam de acordo com a política da companhia para que seus colaboradores tenham conhecimento e trabalhem de acordo.
- Conheça seus próprios riscos no momento de elaborar seu programa e/ou sistema de integridade – conhecer os riscos ao qual a companhia está exposta é essencial para o direcionamento de esforços e excelência dos resultados. Mapear os processos, atividades, pessoas internas e externas que podem trazer riscos ou estarem expostos a riscos é fundamental neste processo para evitar danos à empresa.
- Canal de denúncias para os colaboradores – para isso, é preciso investir em um canal de denúncias, que garanta o anonimato e atue de forma efetiva.
- Excesso de controles burocráticos e desnecessários – assim como a falta de controle, o excesso de burocracias também pode atrapalhar a eficiência do programa de integridade, por demandar tempo de mais da equipe, que poderia ser empregado em tarefas estratégicas para a empresa. O excesso pode desmotivar os colaboradores, levando ao fracasso do sistema de integridade, já que eles podem deixar de aplicar as regras.
- Treinamento da equipe – é essencial que toda a equipe seja treinada para que saibam como a empresa trabalha e o que ela espera de cada um. Assuntos relacionados ao combate à corrupção, formas de suborno, abordagens antiéticas, boas práticas e outros devem fazer parte da rotina da empresa e devem abranger todas as pessoas. E, para um maior sucesso, o exemplo tem que vir da alta direção.
“Avaliar constantemente a necessidade e utilidade dos controles implantados, para que sejam aprimorados e apropriados a cada momento da empresa ajuda no processo de integridade e evita falhas”, explica a CEO da CertiGov, única certificadora voltada para empresas que vendem ao governo, Carolina Utida.
Ainda de acordo com a executiva, cada vez mais as empresas e os órgãos públicos estão trabalhando em busca de mais transparência e integridade. “Estamos vendo um movimento muito forte das grandes empresas exigindo que seus parceiros, que vendem ao governo, tenham um selo de integridade para garantir que toda a cadeia tenha práticas que correspondem às suas próprias políticas de compliance”, explica.