Ferramenta promove disruptura em processos tradicionais de contabilidade. Profissionais deixam de realizar tarefas mecânicas para se dedicar a atribuições de gestão e consultoria financeira.
A Inteligência Artificial na contabilidade rompe com processos tradicionais não só pela eficiência que proporciona à prestação dos serviços. A incorporação do recurso transforma também as atribuições do contador, o que significa modificações substanciais em suas tarefas rotineiras e seus objetivos enquanto profissional.
A avaliação é do especialista César Ávila, Gerente de Contabilidade da ROIT, fintech com sede em Curitiba e atuação em todo o Brasil. “A principal disruptura decorrente da Inteligência Artificial em processos tradicionais de contabilidade é a valorização proporcionada ao profissional”, afirma.
Isso porque, explica ele, a ferramenta “tira o contador de processos operacionais, colocando-o em lugar de destaque, de decisão, de alta gestão”. O tempo e esforço despendidos em digitação de dados, preenchimento de documentos, passa a ser canalizado na atuação estratégica.
“Dessa forma, há ganho de margem (para profissionais e escritórios): menos pessoas para os mesmos resultados; entretanto, são pessoas valorizadas, deixando de realizar tarefas mecânicas para se dedicar a atribuições de gestão. Os contadores se tornam consultores financeiros, estratégicos para a gestão”, argumenta o especialista.
Ao ocuparem protagonismo na consultoria e gestão contábil e financeira de seus clientes, lançando mão de soluções em tecnologia da informação, os escritórios de contabilidade têm tudo para assumir perfil disruptivo, constata o fundador e CEO da ROIT, Lucas Ribeiro: “Aos serviços contábeis é agregada a prestação de serviços em soluções fiscais, tributárias e financeiras às empresas”.
Lucas ressalta, ainda, a necessidade de investimentos em qualificação para que os profissionais da contabilidade acompanhem as mudanças ocasionadas pela tecnologia, que deve atingir o seu ápice em dez anos. “Com a automatização das atividades operacionais, o profissional ficará livre para cuidar do planejamento e decisões estratégicas das empresas, o que impõe necessidade de qualificação para tais funções”, finaliza o CEO.