Cinco mitos e verdades sobre a segurança de dados na nuvem

Estima-se que a adoção da nuvem gera uma economia de 20% quando comparado à infraestrutura tradicional de TI, que demanda espaço, equipamento e pessoas

Washington Fray (*)

Entre os impactos da pandemia da Covid-19 no mundo corporativo, um deles foi o aumento da preocupação acerca da segurança de dados. As noites mal dormidas dos líderes são resultado do que o Coronavírus se tornou: além de um problema de saúde pública, um caso de atenção à segurança digital devido à adoção massiva do trabalho remoto, que foi responsável por expor as vulnerabilidades das organizações e, assim, facilitar as invasões e os vazamentos de dados.

Neste sentido, enquanto muitas organizações evoluíam suas operações para o ambiente digital, migrando sua operação à nuvem, a pauta de segurança de dados se tornava tanto limitante quanto desencorajadora para os líderes, afinal, apenas no Brasil, foram registradas mais de 8,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos durante o ano 2020, de acordo com o laboratório de inteligência de ameaças FortiGuard Labs.

Para ajudar nesta decisão de migração e encorajar os líderes de tecnologia que ainda estão inseguros sobre este assunto, alguns mitos e verdades sobre a nuvem podem ajudar nesta escolha:

1. Posso manter meus dados na empresa e evitar a invasão aos sistemas utilizando senhas fortes. Mito. Infelizmente, as senhas não têm a capacidade de impedir que hackers invadam sistemas de empresas, apesar de terem sua contribuição, obviamente. Senhas complexas funcionam apenas como a primeira barreira de dificuldade para os invasores cibernéticos. Por outro lado, há também os riscos internos de colaboradores que tenham acesso às senhas e podem prejudicar a operação a qualquer momento. Ou seja, as ameaças vêm de fora e de dentro.

2. A nuvem detém baixo custo, rápido retorno de investimento e ampliação da colaboração. Verdade. Estima-se que a adoção da nuvem gera uma economia de 20% quando comparado à infraestrutura tradicional de TI, que demanda espaço, equipamento e pessoas. Não é à toa que o IDC estima o investimento de US$ 11 bilhões na nuvem por empresas que operam na América Latina. A adesão já é demonstrada nas receitas da Amazon. Os serviços da AWS já representam 29% da receita da gigante, o que equivale a US$ 27,8 bilhões, motivando novos investimentos, inclusive no espaço, como é o caso do serviço AWS Ground Station, que permite controlar as comunicações

por satélite.

3. Empresas pequenas não precisam de segurança. Mito. A afirmação é o contrário. Normalmente as pequenas empresas possuem a segurança de dados mais frágil e, portanto, são mais vulneráveis às invasões de sistemas por criminosos digitais.

4. Ameaças são rapidamente detectadas na nuvem e os serviços Cloud são atualizados constantemente, favorecendo as melhorias. Verdade. A maioria dos provedores possuem ferramentas que protegem os sistemas contra ameaças e, mais que isso, a computação em nuvem passa por frequentes atualizações e de forma automática, evitando que a medida protetiva seja tomada antecipadamente e não apenas numa suspeita, ou pior, quando uma invasão já ocorreu.

5. Segurança de dados em nuvem é vulnerável. Mito. A falta de confiança em armazenar informações sigilosas e confidenciais fora de um ambiente físico muitas vezes bloqueia uma tomada de decisão estratégica. Porém, os provedores de Cloud funcionam a partir de camadas de proteção criadas para impedir vazamentos ou qualquer outro movimento sem autorização prévia. Dessa forma, a gestão de dados consegue reduzir consideravelmente possíveis ameaças de ataques cibernéticos.

Informação é poder e, tendo esses mitos desmascarados e as verdades confirmadas, os líderes podem planejar estratégicas de segurança de dados com mais assertividade, abandonando receios infundados que impeçam o crescimento do negócio.

(*) Diretor de marketing e vendas da Viceri, holding de Tecnologia da Informação

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