Marcela Quint (foto) assume como CEO. Mudança acontece no período em que a lawtech finaliza seu processo de earn-out, após aquisição pela Vela Software em 2019.
Há 29 anos no mercado de soluções para o meio jurídico e com mais de 12 mil clientes, a Aurum anuncia uma mudança em sua diretoria executiva: Marcela Quint, até então Diretora de Marketing na empresa, assume como CEO. A movimentação acontece no momento em que a Aurum finaliza seu período de earn-out após ter sido adquirida pela Vela Software, em 2019. Com projeção de crescer 42% em receita líquida em 2022, a lawtech continua com o plano de expandir a comercialização de seu produto carro-chefe, o Astrea, e acelerar os investimentos no Themis, solução voltada para grandes escritórios de advocacia e departamentos jurídicos.
“Meu objetivo é consolidar todo o crescimento que viemos trabalhando nos últimos anos e transformar a Aurum na maior legaltech da América Latina. Para isso, vamos trabalhar em três principais pilares: pessoas, receita e inovação. Para alcançar esses objetivos, devemos desenvolver nossas lideranças, continuar trabalhando em alta performance e utilizar os dados e a proximidade com nossos clientes para desenvolver ações novas, dando continuidade ao movimento de renovação constante que sempre tivemos”, pontua a CEO.
Quint, que começou sua jornada na Aurum em 2011, substitui Antonio Gerassi Neto, fundador da empresa e CEO desde 2005. “A Marcela está há 11 anos na equipe e foi responsável por alavancar os resultados digitais da empresa no segmento lawtech, além de ter um olhar capaz de unir as demandas de receita e produto, integrando os times durante todo o processo de concepção das soluções”, assinala Neto. “Acredito que essa mudança representa bem o perfil da Aurum: ser uma empresa que está sempre em busca de crescimento, mas sem abrir mão da segurança”, acrescenta.
A nova diretora executiva integrou a equipe que desenvolveu o produto carro-chefe da empresa, o Astrea, software criado na nuvem e comercializado sob modelo de assinatura, atualmente com mais de 76 mil usuários. Ao longo dos anos, atuou como designer de produto, coordenadora e gerente de marketing, tornando-se sócia da empresa em 2018.
“Ao longo dos anos, executamos uma série de novidades para alavancar o desenvolvimento do Astrea, como jornadas OKRs, implementação de metodologias ágeis e, mais recentemente, adoção do modelo de squads. Aplicamos essas ações também para o Themis, mas agora queremos aumentar os esforços em relação a esse produto, buscando um equilíbrio entre as duas soluções”, explica Quint.
As soluções da lawtech oferecem gestão jurídica completa, controle avançado de prazos, Inteligência Artificial e Jurimetria. Enquanto o Themis é vendido nas versões para departamentos jurídicos e grandes bancas, contando com 468 contas ativas, o Astrea foi criado para advogados autônomos e escritórios de advocacia de pequeno e médio porte.
Potencial de escala
“O Astrea tem um potencial de escala maior porque o Brasil tem um número maior de profissionais autônomos e pequenos escritórios. Mas advogado é advogado, seja atuando de forma autônoma ou em um grande escritório – no fim do dia, o profissional quer conseguir comprovar seus resultados e ter a segurança de que está fazendo um bom trabalho”, enfatiza Marcela Quint.
Em 2019, a Aurum foi adquirida pela Vela Software, do Canadá. Desde então, apresentou crescimento consistente, entre 35% a 40% ao ano. Para 2022, a expectativa é repetir esse feito. “Além do avanço de 42% em receita líquida, estimamos um aumento de 20% na nossa base de clientes, que atualmente está em 12.050. Além disso, hoje contamos um time de 180 pessoas, o que representa um aumento de 36% em relação ao ano passado”, contextualiza a CEO.
Neste ano, chega ao fim o período de earn-out – um mecanismo de contrato utilizado em fusões e aquisições. De acordo com Quint, a conclusão desse processo também tem relação com a mudança de cargos. “Agora, contamos com apoio de outras organizações que fazem parte da vertical legaltech da Vela e a estratégia é criar conexões entre essas empresas, gerar inovação, falar sobre boas práticas e trocar conhecimento entre os gestores”, conclui.