Pedro Roso: CEO e um dos co-founders da Docket
Para apoiar a gestão e governança das empresas, startup oferece uma combinação de gerenciamento de dados e recursos de análise, inteligência artificial, automação de processos e otimização
Cada vez mais, mercado e sociedade estão olhando para a pauta ESG para identificar como as empresas estão praticando a agenda de sustentabilidade ambiental, social e de governança. Para se ter ideia, de acordo com monitoramento da Knewin, maior PRTech da América Latina, o tema vem crescendo de forma exponencial nas redes sociais. Em fevereiro de 2020, foram 915 menções ao tema ESG no Twitter e, um ano depois, foram 4.628.
Com a tecnologia como pilar para oferecer a infraestrutura completa para operações que dependem de documentos, a Docket dá suporte às empresas em um melhor desempenho operacional, uma governança mais acurada, com uso dos recursos de forma mais eficaz, maior controle e compliance. Além disso, contribui diretamente para a redução de impactos ambientais.
A estratégia tem rendido frutos e contribuído para boa parte dos resultados positivos que a empresa vem tendo: aumento de faturamento em média de 120% ao ano, além de crescimento de cerca de 220% no primeiro trimestre deste ano na comparação ao mesmo período de 2020. Ainda pensando nos impactos que esta estratégia de atuação da Docket pode ter, a empresa tem expectativa de fechar o ano com crescimento em torno de 200 a 250%.
“O caminho ESG é sem volta. Portanto, é essencial que as empresas tenham acesso à infraestrutura tecnológica que dê suporte às boas práticas ambientais, de governança e financeiras, e gerem valor para a sociedade como um todo”, explica o CEO e um dos co-founders da Docket, Pedro Roso.
Os clientes utilizam a plataforma da Docket para acelerar operações como financiamento imobiliário, crédito agrícola, due dilligences e home equity (empréstimo com garantia que possibilita cobrar juros mais baixos e pagamentos em prazos maiores), entre outras modalidades.
No aspecto de gestão e governança, a combinação de gerenciamento avançado de dados e recursos de análise, inteligência artificial, automação de processos e otimização oferecidos pela Docket fornece os elementos necessários para gerar que o desempenho operacional e de negócio seja totalmente seguro.
Na prática, segundo o CEO, o resultado é uma maior celeridade à esteira burocrática e mais segurança de dados. “O software de IA desenvolvido pelo laboratório de tecnologia da Docket, por exemplo, fornece assertividade, segurança e centralização organizada das informações em uma única plataforma, facilitando a gestão e otimizando o workflow das operações”, exemplifica.
Chamado de Real Estate Analysis, o software permite realizar toda a pré-análise de documentos com mais de 95% de confiabilidade em menos de um minuto. Com isso, a plataforma dá apoio ao desenvolvimento de potencial humano, que pode focar em atividades prioritárias e estratégicas, em vez de trabalhos morosos e tediosos.
Mitigação de riscos
Com a Docket, a auditoria é feita na própria plataforma digital, mitigando riscos de fraudes e erros humanos, garantindo que qualquer pendência ou gravame sejam notados antes de seguir com os procedimentos. Para o CEO, são ferramentas que viabilizam o uso dos recursos financeiros de forma mais racional e otimizada, facilitando também as questões de compliance, com processos mais organizados, transparência e governança eficaz.
Além disso, a operação totalmente digital na gestão de documentos com as soluções da Docket permite às empresas a oportunidade de atuar de forma muito mais sustentável do ponto de vista ambiental. Para se ter ideia, a produção de uma tonelada de papel novo consome, em média, 50 eucaliptos, 100 mil litros de água e 5 mil KW/h de energia, segundo dados da ONG WWF, que tem atuação global. Além disso, o deslocamento para a obtenção de documentos físicos em cartórios e órgãos públicos aumenta a emissão de CO2 na atmosfera.
Fundada em 2016, a startup vem crescendo, em média, 16% ao mês com foco em grandes clientes. Hoje, a Docket conta com uma base de usuários que corresponde a 15% das empresas listadas no Ibovespa – o mais importante indicador do desempenho médio das ações negociadas na B3, a bolsa de valores nacional. Conta com clientes como CPFL Energia, brMalls, CashMe, Sicredi, entre outros.