Neste ano, espera-se que a Inteligência Artificial seja ainda mais integrada em tarefas como análise de jurisprudências e personalização de estratégias jurídicas
Rafael Bagolin (*)
A Inteligência Artificial (IA) já vem conquistando espaço em diversas áreas do mercado mundial e no meio jurídico não seria diferente. Uma pesquisa da Lets Marketing aponta que 69% dos entrevistados utilizam a IA para economizar tempo. Essa tendência deve continuar em alta, considerando que, além da economia de tempo, o uso da IA por advogados e escritórios pode favorecer diversas tarefas rotineiras.
Para Rafael Bagolin, advogado e CEO da Jusfy, lawtech que possui ferramentas que contribuem para facilitar o dia a dia de profissionais da área jurídica, os advogados estão em busca de ferramentas que promovam eficiência e agilidade, mas que também sejam seguras.
“Um bom exemplo disso são as tarefas como monitoramento de processos, cálculos complexos e busca de informações que podem ser feitas de maneira muito mais rápida com o apoio da tecnologia. Os profissionais atuais também valorizam a redução de custos, priorizando plataformas que centralizem diversas funcionalidades em um único serviço. A organização e o controle também são fundamentais, com ferramentas que possibilitem gerenciar prazos e processos com segurança”, afirma Bagolin.
A praticidade, portanto, é a palavra-chave que deve orientar o mercado jurídico para 2025. A busca por ela e pela agilidade nos processos fará com que a tecnologia continue transformando a maneira com que os profissionais do Direito atuam.
“Hoje, a utilização de Inteligência Artificial auxilia o advogado nas suas tarefas do dia a dia, otimizando processos, por exemplo. Outra tendência é a automação de fluxos de trabalho, com o uso de plataformas que integram processos jurídicos, promovendo maior eficiência e redução de erros humanos”, explica o empresário.
Para o especialista, neste ano espera-se que a IA seja ainda mais integrada em tarefas como análise de jurisprudências e personalização de estratégias jurídicas.
Expectativa de utilização
O levantamento da Lets Marketing também mostrou que, até o fim de 2024, 69% dos entrevistados pretendiam começar a fazer o uso da IA em seus escritórios. O número demonstra que os profissionais da área do Direito estão buscando usufruir efetivamente dos benefícios que a ferramenta pode oferecer.
No meio jurídico, uma questão que é constantemente levantada é a perspectiva em relação à carreira no Direito, se perderá espaço para a IA ou não, já que muitos processos já estão se tornando automatizados. Para Bagolin, a tecnologia vem para agregar.
“A demanda por profissionais de Direito é crescente no Brasil, por isso ele nunca vai ser substituído. A IA vai automatizar tarefas rotineiras, liberando os profissionais para focarem em atividades estratégicas. Os advogados continuarão sendo essenciais na interpretação de leis, construção de argumentos e decisões éticas. A tecnologia é uma aliada, não uma substituta”, finaliza o especialista.
(*) Advogado e CEO da Jusfy, lawtech desenvolvedora de soluções jurídicas