Gustavo Brant, vice-presidente de Vendas Latam da DocuSign
Tecnologia pode ser aplicada em documentos como Non-Disclosure Agreements, contratos de serviço entre clientes e advogados, acordos de M&A, entre outras possibilidades.
A assinatura eletrônica de documentos é um importante aliado do setor jurídico rumo à transformação digital. “Com a implementação dessa tecnologia, empregada nas áreas financeira, de seguros, varejo e telecomunicações e nos departamentos de RH e vendas, é possível ganhar mais agilidade, mobilidade e tempo na formalização de documentos, uma vez que tudo pode ser assinado por um dispositivo móvel com conexão à Internet”, argumenta Gustavo Brant, vice-presidente de Vendas Latam da DocuSign, pioneira no desenvolvimento da tecnologia de assinatura eletrônica.
O executivo, em entrevista ao Law Innovation, explica que todo o processo de envio e assinatura de contratos via DocuSign é realizado de maneira 100% digital. “Para enviar um documento, é preciso que o remetente seja um cliente e esteja cadastrado na plataforma em um computador, celular ou tablet, usando o site ou o app”, cita. Após o login, escolhe-se um documento a ser assinado, que pode ser via upload, templates pré-criados ou integração via sistemas.
Para dar continuidade ao processo, o assinante precisa clicar no botão “Analisar documento”. Se for a primeira vez na plataforma da DocuSign, será necessário aceitar um termo acordando que há um consenso em se fazer negócio eletronicamente. O próximo procedimento que cabe ao assinante é selecionar uma assinatura pré-definida. Ele pode optar também por criar uma assinatura, clicando em “Criar” e assinando com o dedo ou caneta própria para superfícies touchscreen.
Quando todas as informações solicitadas estiverem preenchidas e o documento for assinado, o assinante clica em “Finalizar”. Feito isso, a empresa será avisada e o documento salvo na plataforma para futuros acessos de ambas as partes que assinaram. Ou seja, o cliente que remeteu o documento e o assinante da outra ponta, que não é cliente e não precisa pagar nada.
Vantagens da tecnologia
As vantagens da assinatura eletrônica para o setor jurídico são muitas, de acordo com o vice-presidente da DocuSign. Entre elas está a segurança. “Todos os processos que envolvem o ciclo de vida de um contrato ficam mais seguros. Isso porque apenas os interessados têm acesso ao documento, evitando o seu transporte físico”, afirma Brant.
Outro ganho que a tecnologia pode proporcionar ao setor jurídico é a economia. “Assinar eletronicamente não demanda impressões, arquivamento físico, transporte de várias vias e a criação de refações por erro de preenchimento ou ausência de uma assinatura”, salienta.
Existem muitos casos onde a assinatura eletrônica no jurídico pode ser implementada, desde num simples Non-Disclosure Agreement (NDA) até num contrato de serviço entre o cliente e um escritório de advocacia. Outras aplicações são nos acordos de M&A e nas atividades de retenção de documentos, gerenciamento de políticas, carta oferta de emprego, inscrições para benefícios, formulários de depósito e contratos de desligamento.
Hoje a DocuSign possui uma suíte de soluções chamada DocuSign Agreement Cloud. Isso engloba diversos produtos, como Contract Lifecycle Management ou Gestão do Ciclo de Vida dos Contratos (CLM), assinatura eletrônica e Click. Eles podem ser utilizados para qualquer departamento ou vertical, permeando todo o ciclo de vida de um contrato, desde o versionamento – caso bem comum para o departamento jurídico – até a autenticação do assinante, a assinatura do documento em si e o armazenamento em uma nuvem extremamente segura.
Brant salienta que o setor jurídico é muito promissor para a DocuSign, graças à recente oferta de uma suíte de soluções mais ampla que contempla o CLM. “A tecnologia da DocuSign permite que o setor jurídico seja mais eficiente e isso já é reconhecido por diversos players deste mercado”, conclui.