Quer fazer transformação digital? Analytics é fundamental.

As organizações precisam possibilitar e implementar estratégias que sejam orientadas por dados, deixando-os em posição de destaque no planejamento e na tomada de decisão

Leonardo Santos (*)

Expressão da moda no ambiente corporativo, a transformação digital não é um mero discurso para empreendedores. O conceito tornou-se fundamental por explicar uma mudança pela qual, cedo ou tarde, todas as empresas terão que passar. O avanço da tecnologia nas últimas décadas trouxe inúmeros recursos que automatizam processos, mas para se destacar em seus setores é preciso ir além, ou seja, é preciso extrair insights a partir dessas soluções. Em suma: a transformação digital passa, fundamentalmente, pela utilização do Analytics no dia a dia.

É um caminho sem volta dentro das organizações. Estimativa da consultoria Gartner mostra o quanto o Analytics é essencial para o sucesso dos negócios. Até 2022, nove em cada dez companhias acreditam que as informações serão um ativo importante em suas estratégias e a capacidade de analisá-las será uma habilidade imprescindível para os profissionais. Apesar disso, atualmente menos da metade dessas corporações utilizam esses dados na tomada de decisão.

Para que essa transformação digital realmente aconteça, as organizações precisam adotar uma cultura data driven. Ou seja, possibilitar e implementar estratégias que sejam orientadas por dados, deixando-os em posição de destaque no planejamento e na tomada de decisão. Isso, por sua vez, exige uma série de medidas por parte da empresa, principalmente na capacitação dos colaboradores. Eles devem ser treinados para analisarem quais informações podem ser importantes nos processos em que atuam e, a partir daí, extraírem insights que potencializam os negócios.

Portanto, em um primeiro momento, é necessário garantir que todos estes debates em torno dos dados sejam um processo rotineiro da companhia. Dessa forma, é possível obter as informações mais relevantes para os objetivos a curto, médio e longo prazos e estabelecer quais têm capacidade de fornecer análises preditivas. As empresas que se destacam atualmente são aquelas que já enxergam esses recursos como um diferencial em relação aos concorrentes e uma ferramenta de inovação. Em contrapartida, aquelas que insistem em ficar presas a um modelo analógico e não utilizam esses insights perdem espaço.

Depois, à medida que os dados assumem esse papel de destaque em todos os departamentos da organização, é preciso garantir que essas análises deixem de ser um simples apoio para a estratégia central e tornem-se peças-chave para todo planejamento que será elaborado no futuro. Isso passa pelo constante monitoramento das métricas que avaliam as ações geradas por meio do Analytics, reforçando o crescimento obtido, e também pelo desenvolvimento de competências que valorizem esses recursos na corporação, como a criação de áreas e cargos específicos sobre o uso de dados.

Hoje, mais do que desenvolver novos produtos e prestar bom atendimento a seus clientes, as empresas que desejam crescer e competir no atual cenário econômico precisam ter essa capacidade de extrair informações adequadas e fazer análises preditivas. Quanto mais rápido os profissionais tiverem dados qualitativos para embasarem suas decisões, mais eficientes serão suas estratégias. Afinal, a transformação digital já é uma realidade; resta às empresas se adaptarem aos novos tempos.

(*) CEO e cofundador da Semantix, empresa especializada em Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e Análise de Dados.

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