Leandro Augusto, sócio-líder de Segurança Cibernética e Privacidade da KPMG no Brasil e na América do Sul
Uso do ambiente virtual deverá crescer, demandando das empresas um trabalho com as diversas partes envolvidas para construir um programa de defesa cibernética
A KPMG divulgou um levantamento que elenca quatro principais pontos referentes à proteção cibernética no Metaverso que devem ser levados em consideração por parte dos responsáveis pela cibersegurança. São eles: representação digital, interoperabilidade, risco de aquisição de conta e proteção de dados.
De acordo com a publicação, as oportunidades de crescimento continuarão a surgir à medida que as interações digitais se tornarem mais imersivas e contextuais, mas, do ponto de vista da segurança cibernética, essas novidades não estão isentas de riscos.
“Nesse momento de disrupções, os líderes de segurança desempenham papel de destaque na intenção de qualquer empresa de utilizar o Metaverso. São eles que, ao se engajarem ativamente em trazer inovações para os mercados, têm a incumbência de proteger tanto os clientes quanto os investimentos. Assim, são fundamentais para estabelecer a confiança necessária ao sucesso dessas iniciativas”, assinala a sócia-diretora de Inovação e Transformação da KPMG no Brasil e co-fundadora da KPMG e Distrito Leap, Thammy Marcato.
As quatro considerações de risco que os líderes de segurança e os inovadores do Metaverso precisam contemplar, segundo a KPMG, são:
o Representação digital – A identidade é a base da segurança digital. É o elemento central para a construção da confiança. Essa certeza depende da solidez dos instrumentos e meios de verificação e confirmação de identidade;
o Interoperabilidade – Independentemente de quem esteja conectando vários Metaversos (centralizados ou descentralizados), a possibilidade de trazer seu avatar, sua identidade digital e seus ativos, como Tokens Não Fungíveis (NFTs) e criptomoedas, cria riscos importantes de segurança e fraude para o ecossistema mais amplo;
o Risco de aquisição de conta – À medida que a economia do Metaverso floresce, as pessoas tendem a usar o espaço virtual para comprar ou vender seus produtos, havendo assim muita movimentação de dinheiro;
o Proteção de dados / uso indevido – Tecnologias imersivas, como a realidade virtual e a realidade aumentada, oferecem a oportunidade de coletar muito mais informações do que os dispositivos móveis podem gerar. Se existem muitos dados circulando, é fundamental tomar medidas para protegê-los.
Por fim, o sócio-líder de Segurança Cibernética e Privacidade da KPMG no Brasil e na América do Sul, Leandro Augusto, observa: “O Metaverso evolui com rapidez e os líderes de segurança precisam permanecer vigilantes, trabalhando com as diversos partes envolvidas para construir um programa de defesa cibernética. Ao fazer isso, eles inspirarão a confiança, criando as condições ideais para o ambiente crescer, inovar e ter sucesso”.