Francisco Fernandes, head de Background Check no Grupo IAUDIT
A verificação de antecedentes é imprescindível na compra de um imóvel, prevenindo-se a ocorrência de fraudes no negócio
O momento de comprar um imóvel é a realização de um sonho para diversas pessoas. No entanto, é importante ter atenção, pois afinal muitos riscos envolvem o processo de compra e venda de uma casa ou apartamento. Existem diversos golpes fraudulentos que podem ser aplicados nesse processo.
Nesse cenário, as possibilidades de golpes vão desde documentação falsa até a tentativa de venda de um imóvel sem a autorização de um dos proprietários. Para solucionar essa questão, o due diligence ou, em tradução livre, diligência prévia, é uma alternativa para realizar a verificação de antecedentes seja de quem está comprando ou vendendo.
“Ao iniciar o processo de compra de um imóvel, é preciso se atentar às documentações, saber se o imóvel possui dívidas, o histórico da imobiliária. E é imprescindível visitar o local, se possível mais de uma vez antes de fechar a compra”, comenta Francisco Fernandes, head de Background Check no Grupo IAUDIT.
O processo de due diligence pode ser dividido entre massificado e personalizado, sendo que o primeiro tipo é ideal para checagens que precisam ser rápidas e em grande quantidade. Enquanto o segundo leva mais tempo e traz mais informações detalhadas em um dossiê, para que o comprador ou vendedor possa tomar a melhor decisão possível.
Como funciona o procedimento?
No caso das imobiliárias, o modelo personalizado é a melhor maneira de verificação. Afinal, as informações sobre um possível comprador ou vendedor são mais detalhadas. Segundo o especialista, é importante ressaltar que a decisão final de seguir adiante e fechar o negócio de compra ou venda do imóvel, mesmo com algum apontamento encontrado, é de quem solicitou o due diligence, visto que o serviço apenas fornece dados para ajudar na tomada de decisão.
Para as empresas ou pessoas que sentem a necessidade de ter uma segurança a mais sobre os novos negócios que estão fazendo, é montado um escopo com fontes de pesquisas que vão ajudar a conhecer melhor um potencial comprador. Com isso, é possível ter um histórico detalhado para ajudar na decisão.
“O foco da pesquisa é baseado em dados patrimoniais, verificando a possibilidade de tentativas de crimes financeiros, a possibilidade de pagar a casa ou apartamento, caso a compra aconteça, e vale ressaltar que isso permite que quem solicitou a checagem não caia em golpes imobiliários”, explica Fernandes.
Além disso, a falta da verificação nesse cenário impacta negativamente porque pode ocasionar uma negociação com alguém que não conseguiria pagar pelo imóvel ou até mesmo o comprador acabar sendo vítima de uma fraude imobiliária.
“Quando este recurso está presente desde o plano de negócios da compra ou venda de imóveis, os benefícios são maiores. Isso vai possibilitar que, desde o primeiro contrato, a empresa e o comprador tenham conhecimento de negócio e proteção desde o início, mitigando os problemas que possam vir a surgir”, finaliza Fernandes.