Pedro Prates, co-head do Cubo Itaú
Soluções digitais passam a ser protagonistas no processo de mudanças que irá definir o sucesso de empresas no “novo normal”
Momentos de crise costumam propiciar oportunidades de negócios. E o cenário atual diante da pandemia da covid-19 poderá mostrar uma evolução na retomada de atividades, assim como nas ações das empresas que estão se adaptando ao “novo normal”.
O Cubo Itaú, criado em um período adverso da economia, é apontado como um exemplo de oportunidade diante da crise – ele foi inaugurado em 2015, quando o país perdeu grau de investimento por agências internacionais de classificação de risco e vivia um momento delicado.
Pedro Prates, co-head deste hub de empreendedorismo tecnológico, frisa: “Enxergamos esse momento como uma oportunidade, pois as empresas precisam se adaptar diante da crise”.
Desde o lançamento, é possível ver a evolução exponencial do Cubo Itaú. O hub tinha em seu portfólio pouco mais de 40 startups e menos de cinco mantenedores no momento de sua criação. Hoje, esses números são muito maiores: mais de 300 startups e 28 empresas parceiras.
“Soluções digitais passam a ser, sem dúvida, protagonistas no processo de mudança que irá definir o sucesso de empresas no novo normal. Para isso, a forma como se pensa na tecnologia e na geração de valor ágil ao cliente passa a ter papel central nas estratégias corporativas. Não se trata de um ideal intangível”, assinala o co-head do Cubo.
Reinvenção do varejo
Uma das startups que vem olhando para a transformação é a brMalls, que atua no setor de varejo e faz parte do Cubo desde 2018. Segundo a especialista de inovação aberta da companhia, Carolina Padilha, o objetivo da empresa sempre foi o de protagonizar o movimento de transformação digital do varejo.
Desde de sua entrada até hoje, a brMalls conta com mais de 30 cases de contratação por varejistas. “Fomentar, contribuir com o crescimento e manutenção do ecossistema de startups é essencial para que as companhias continuem gerando novas soluções ao mercado”, observa Carolina.
Desde que a empresa começou o processo de inovação aberta no hub, foi possível utilizar o ecossistema para ir além. “A testagem de hipóteses, o aprendizado de novas formas de trabalho, a aceleração do roadmap digital e o entendimento de como trabalhar com o modelo de plataforma aberta hoje possibilitam conexões mais rápidas e eficazes”, destaca a especialista.
Foi possível também implementar a cultura de experimentação, segundo Carolina: “Entendemos que é importante testar, errar, aprender, mudar de direção e responder rápido. E isso está nos ajudando muito no momento de crise”.
Inovações na educação
Outra empresa que também passa pelo processo de inovação aberta é a Cogna. Parceira da vertical Cubo Education, a companhia teve mais de 43 experimentos de inovação em 2019 e ajudou a acelerar a transformação digital com inovações que trouxeram retornos significativos de eficiência, produtividade e performance, conta a gerente de Inovação Aberta, Anieli Scandarolli.
“A parceria com startups também contribuiu, antecipando diversas tendências educacionais para nossos alunos, o que nos estimulou a atualizar um currículo transversal de tecnologia e novas habilidades essenciais para o futuro no mercado de trabalho”, situa a gerente.
Entre os cases, ela coloca em relevo a Fhinck, “que nos ajudou a otimizar a performance dos times internos durante a integração da Somos com a Kroton em 2019, e a Tamboro que como parceira contribuiu para a formação socioemocional de cerca de 2 mil graduandos”, conclui.