92% dos CFOs relatam adoção de políticas ESG robustas, segundo pesquisa Insper/Assetz

Estudo “O Perfil do CFO no Brasil 2024 e o Desenvolvimento da Agenda ESG na Área de Finanças”, realizado pelo Insper, em parceria com a consultoria Assetz, revela que 39% das empresas têm focado no pilar Ambiental, enquanto 31% priorizam o Social e 30% dão ênfase à Governança

O Insper, uma das principais instituições de ensino superior e pesquisa do Brasil, em parceria com a Assetz, consultoria em recrutamento e seleção para posições de liderança em Finanças, estão lançando a 4ª edição da pesquisa “O Perfil do CFO no Brasil 2024 e o Desenvolvimento da Agenda ESG na Área de Finanças”, que mapeia o perfil, trajetórias e o que pensam os CFOs no Brasil.

O levantamento conta com a participação de 95 executivos das maiores empresas do país. Para a seleção dos participantes, foram contatados CFOs provenientes de companhias que registraram uma receita superior a R$ 1 bilhão no ano de 2022.

Em 2024, o foco do levantamento foi a preocupação dos CFOs com práticas ligadas à agenda Environmental, Social and Governance (ESG) dentro das empresas. A exemplo do foco dos executivos no tema, constatou-se que 92% dos CFOs relataram a implementação de políticas ESG robustas em suas empresas.

“Os resultados do relatório mostram como as empresas brasileiras têm um compromisso crescente com práticas de ESG e reconhecem como elas podem trazer benefícios tanto para a reputação corporativa quanto para a performance financeira das empresas”, afirma Carlos Caldeira, professor do Insper e um dos responsáveis pela pesquisa.

Dentro da temática, o pilar Ambiental é o mais destacado, com 39% das empresas focando a implementação de estratégias voltadas à proteção e ao equilíbrio do meio ambiente. Em seguida, 31% das organizações priorizam o pilar Social, adotando estratégias de responsabilidade social. Por fim, 30% das empresas dão prioridade à Governança, implementando estratégias voltadas à Governança Corporativa.

“A pesquisa deixa claro que o CFO e sua equipe têm a responsabilidade de não apenas fomentar a criação de iniciativas ESG, mas de assegurar a manutenção de um ecossistema sustentável, garantindo a sua implementação e longevidade”, enfatiza Felipe Brunieri, sócio-fundador da Assetz Expert Recruitment.

Quando se trata da priorização dos pilares do ESG especificamente pela área financeira das organizações, 76% dos respondentes apontam a Governança como a principal prioridade. Em geral, a área frisa a necessidade de “desenvolver uma equipe financeira com visão sistêmica e conhecimento multidisciplinar” como maior desafio para estruturação da agenda ESG.

Outros destaques da pesquisa

No levantamento deste ano, foi observado um aumento de mulheres CFOs de 13% para 18%. Os dados também apontam que as mulheres são mais frequentemente promovidas internamente (53%) em comparação com os homens (37%).

O “Perfil do CFO” também aponta para uma maior integração entre finanças e tecnologia: respondentes afirmam que a área com a qual mais se envolvem, depois de “compras”, é a de TI. Além disso, 89% dos executivos de empresas brasileiras alegam assumir múltiplas funções, contra 57% de empresas estrangeiras.

A respeito da presença física no escritório, a análise revela que os CFOs frequentam o escritório um pouco mais regularmente do que suas equipes — eles estão presentes na empresa em uma média de quatro dias por semana, e sua equipe, 3,5 dias. No recorte por nacionalidade da empresa, enquanto 67% dos CFOs de empresas brasileiras vão ao escritório cinco dias por semana, apenas 25% de suas equipes fazem o mesmo.

Com base em critérios estabelecidos pela pesquisa, foi identificado um universo de empresas-alvo nas quais os CFOs foram mapeados e contatados. O setor da Indústria detém a maior representatividade, com 24% do total. Seguido pelo setor de Serviços, com uma representatividade de 15% e Infraestrutura, Energia e Construção, com 14%. Já o setor Varejo e Atacado contou com 13% dos respondentes, bem como o de Agronegócio.

“Chegar ao quarto ano desta pesquisa é um marco significativo para nós, pois representa o nosso compromisso com o mercado brasileiro em ser uma fonte confiável sobre a evolução da carreira dos líderes de Finanças do país”, conclui Guilherme Federico Malfi, sócio-fundador da Assetz.

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